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Exames: uma perspectiva nada isenta


Os estudantes do 11º e do 12º anos do Ensino Secundário enfrentam neste mês (e, para alguns, no próximo) uma frase crítica da sua vida: os Exames Nacionais. Mas o que são estes e como influenciam tanto a vida dos estudantes? Deveriam existir?

Em primeiro lugar, gostaria de afirmar a minha posição pro-exames; simplesmente, acredito que tem de haver um elemento de avaliação comum a todos os alunos do país e que permita, de certa forma, um acerto nas notas destes estudantes, para que a candidatura à faculdade seja um processo mais ‘justo’. Quanto ao peso das provas, sabe-se que contam 30% das notas finais das disciplinas a que correspondem, podendo provocar descidas destas ou, em raros casos, subidas. No entanto, estes exames voltam a contar como prova de ingresso (PI) na nota de candidatura, havendo um novo corte (ou não) na média de secundário. O número de PIs e o seu peso relativo depende inteiramente das faculdades, mas este último não costuma ser inferior a 40% ou superior a 60%.

Qual é, então, a maior crítica a apontar aos Exames Nacionais? Que, num único momento de avaliação, procuram averiguar os conhecimentos que adquirimos ao longo de um ou dois anos. Muitos argumentam que estes testam mais o nosso raciocínio sob pressão do que a extensão desses tais conhecimentos.

Assim, qual seria a solução? Sinceramente, não sou detentor de uma revelação milagrosa que possa resolver esta situação que tanto preocupa os estudantes. Todavia, creio que, se o peso destes Exames não fosse tão elevado, o nervosismo que os acompanha seria menor, levando à realização de melhores provas.

Concluindo, odeio-vos muito, Exames. De vós depende o meu futuro académico e, consequentemente, profissional. Ámen.

PS – Esqueci-me de apresentar exemplos na composição do III Grupo do Exame de Português. Portanto, aqui vão eles: “(…) Exemplo disto é uma escapatória até ao Hawaii. (…) Uma viagem até à Índia representa na perfeição uma viagem com este objectivo (…)”.

PPS - Questão pertinente que já me foi feita: "Porque é que há jovens a sorrir no site do GAVE?". Façam o favor de, se conseguirem, me elucidarem quanto a isto. Obrigado.

(esta minha crónica está disponível no blog do PÚBLICO http://blogs.publico.pt/notafinal)

8 pessoas comentaram:

Daniela disse...

Realmente isso da Gave e dos miúdos a sorrir é publicidade enganosa! Vou processá-los!

Filipe Valente disse...

Oh god esse PSS esta tao perfeito...
concordo plenamente contigo, a unica coisa que os alunos sentem ai é a pressao de nao poder errar, pois se isso acontece condicionam a sua entrada para a faculdade e isso nao é justo!

early bird disse...

há jovens a sorrir no site do GAVE como há pessoas a sorrir nos anúncios do pingo doce: publicidade enganosa.

gostei do texto, humpf.
concordo com o que dizes.

Rui disse...

Bem RP

Quem fala assim não é gago!!!

FF disse...

que crónica séria!

concordo!

muito bem.

elucidou-me, mesmo estando fora do assunto.

Parabéns, Another Soul!

Dupé disse...

Ora bem. Nada que eu não discorde. De facto há condições com os exames nacionais que depenam um bom aluno e "matam" os alunos menos bons. Cabe a nós, aqueles que até podem concordar com os exames, mas não nestas condições, falar alto!

fuck disse...

Subscrevo o que disseste. é óbvio que os exames são um elemento de avaliação essencial para "diferenciar" os alunos. Mas, como é óbvio, a tensão é muita!
Falo por mim, optei por realizar os exames em fases diferentes para ter mais tempo para estudar, mas tenho sempre a ideia de que não estou preparada para, numa UNICA prova, ser avaliada por uma disciplina que "estudei" durante DOIS anos.
A minha proposta era fazer uns mini-exames nacionais, como os testes intermédios, que fizessem média com um exame final.
Pelo menos talvez não prejudicasse tanto os alunos. Ou então, tentar minimizar o peso dos exames (mas assim corríamos o risco de ver ainda mais "baldas" :S)
Enfim, é complicado! e eu vou é estudar!

Ps Peço desculpa pelo testamento!

HGP - AEBARREIRO disse...

Comentário muito pertinete sobre um tema que provoca sempre discussões relativas e algumas polémicas. De facto, os exames têm sempre duas vertentes: se por um lado constituiem um meio mais rigoroso de avaliar os conhecimentos dos alunos, a uma escala nacional, por outro podem fazer dependender o seu resultadoe a sua performanance do estado emocional ou psicológico de quem os realiza.
De qualquer forma penso que o teu post demosntra opiniões muito assertivas sobre este tema e uma grande facilidade na expressão/exposição das tuas ideias sobre esta problemática.
Parabéns Another Soul RP.

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