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Australia for 2 (I) - Safari


Os teus perfeitos caracóis claros voavam devido à velocidade do nosso jipe, tal como uma moldura dourada, barroca que tenta fugir devido à extrema beleza da pintura. Era assim o teu rosto, o quadro por deuses pintado: profundo, mas simples; bonito, mas tímido; teu, mas meu. Seguravas o teu chapéu com a mão direita, não confiando no fino fio acastanhado roçava o teu pescoço e que o segurava à cabeça. Usavas os teus calções mais curtos, uma camisola branca de alças empoeirada e o colar que te tinha oferecido - o pequeno coração de ouro branco que pendia por cima do fino top. E estavas feliz. Feliz.

Eu conduzia atento aos quilómetros de deserto alaranjado. O meu chapéu australiano, semelhante ao teu, estava preso entre as minhas costas e o banco de pele branca do jipe para não se escapar, o que fazia com que o meu cabelo também se agitasse livre. Pressionava o pedal com um pé calçado num chinelo havaiano grande demais para mim e acelerava bem, saltando por cima das pequenas dunas de terra e contornado as maiores. Usava uma t-shirt e calções comprados há alguns dias em Cooper Peddy. Tal como tu, tinha um sorriso no rosto. A liberdade que serpentear num dos fenomenais desertos da Austrália me proporcionava era estonteante! Eu estava livre, tal como os cabelos. Livre.

De vez em quando, para grande satisfação nossa, avistávamos ao longe alguns cangurus ruivos a saltar; espécie frequentemente vista na zona mais a norte do deserto de Victoria.

Quando o sol se começou a esconder atrás das dunas e começou a lançar os seus raios mais avermelhados sobre a planície desértica, demos meia volta ao nosso Jeep Wrangler amarelo de tecto aberto, terminámos o nosso safari desse dia e fomos em direcção a Kalgoorlie, muito para oeste, onde dormiríamos.

Frase Aleatória #3

om nom nom... "You look good enough to eat"

(Lady Gaga - Monster)

Frase Aleatória #2

Hoje ofereceste-me uma t-shirt com um alce...

(aposto que me estás apenas a chamar cornudo.)

Frase Aleatória #1

Amor, só não te procurei na gaveta dos cachecóis.

O tempo flui

O tempo flui... Como uma cascata rápida e prateada de uma substância desconhecida, o tempo flui.


Na parede da sua casa, um dos ponteiros do relógio avança compassadamente, fazendo um barulho seco e desagradável, como se me avisasse da efemeridade do momento e como se me aconselhasse a desistir, a ir, a prosseguir com a minha vida. Mas não... Como posso continuar com a minha vida, estúpido relógio, se ela a levou comigo?


Por isso aguardo na casa dela. E é o que tenho feito... aqui tenho estado; vim quando o pó ainda não se tinha instalado em todos os recantos e quando a sua casa ainda tinha cor, ainda tinha um pouco de ti. No entanto, parece que tudo se foi...


Não consigo deixar de te odiar, solitário som do ponteiro, que ressoas nos três andares vazios e escuros desta casa, como também não consigo deixar de te amar, pois a tua presença em mim e tua memória vai-me dando forças para ir aguentando. E já não sei a quem me dirijo... Mas ela já não deve tardar. Só ela me dará finalmente paz.

Now I'm free

«A ferida é feita discretamente. O corte, a dor, ao início, não se sente, não se repara.
Com o passar do tempo, torna-se cada vez mais notável, mas procuramos ignorar aquela impressão, apesar dela ser mais forte que nós e ir crescendo.
Vai crescendo até se tornar insuportável, impossível de desprezar.
O sangue já corre significativamente, deixando a sua marca espalhada pelo chão.»

Isto é algo que escrevi há algum tempo.
Mas, agora, "I don't even miss her"...
Now, "I'm FREE... free fallin'"

Um dia... 5 (Hoje)

Um dia, pergunto-te se queres que te faça um Natal, só para ficares feliz...
Hoje foi o dia, apesar de estarmos no início do Verão.

Rosa e Jasmim







«Nova rosa de outro jardim
de esplendores mil,
aceitarás este simples jasmim
de cheiro primaveril?»

Numa tarde de calor,
o cheiro de flores,
a pureza e o amor
a vida pintam com cores.

O pequeno gesto
tem grande significado:
é o mais honesto,
mas o menos valorizado.

Assim, se casaram,
numa cerimónia invulgar,
nunca mais se separaram
e não se sabe como vão acabar.

Verão, Saudade, Não sei...


Passeio a mão pela água da piscina, mas sinto-a a limpar as tuas lágrimas azuis,
O reflexo distorcido pelas ondas que nela vejo não é meu, mas teu...
E a brisa leve que sopra e me despenteia cheira-me ao teu cabelo.

Mergulho na fresca água marinha e sinto as tuas mãos em mim,
O sol ofusca-me, mas eu creio que o que vejo é o teu sorriso...
E a areia onde me deito é quente e cheira-me ao teu abraço.

E, quando a noite cai e me envolve,
quando o céu parece que por ti chora,
quando os pássaros, calados, se recolhem,
apercebo-me de que em mim estás presente não estando.

Memorial do Saramago


"A memorial is an object which serves as a focus for memory of something, usually a person (who has died) or an event."



Este post será o meu humilde contributo para homenagear este grande escritor.

Descanse em Paz, José Saramago.
(1922-2010)

Este é o seu Memorial.

Exames: uma perspectiva nada isenta


Os estudantes do 11º e do 12º anos do Ensino Secundário enfrentam neste mês (e, para alguns, no próximo) uma frase crítica da sua vida: os Exames Nacionais. Mas o que são estes e como influenciam tanto a vida dos estudantes? Deveriam existir?

Em primeiro lugar, gostaria de afirmar a minha posição pro-exames; simplesmente, acredito que tem de haver um elemento de avaliação comum a todos os alunos do país e que permita, de certa forma, um acerto nas notas destes estudantes, para que a candidatura à faculdade seja um processo mais ‘justo’. Quanto ao peso das provas, sabe-se que contam 30% das notas finais das disciplinas a que correspondem, podendo provocar descidas destas ou, em raros casos, subidas. No entanto, estes exames voltam a contar como prova de ingresso (PI) na nota de candidatura, havendo um novo corte (ou não) na média de secundário. O número de PIs e o seu peso relativo depende inteiramente das faculdades, mas este último não costuma ser inferior a 40% ou superior a 60%.

Qual é, então, a maior crítica a apontar aos Exames Nacionais? Que, num único momento de avaliação, procuram averiguar os conhecimentos que adquirimos ao longo de um ou dois anos. Muitos argumentam que estes testam mais o nosso raciocínio sob pressão do que a extensão desses tais conhecimentos.

Assim, qual seria a solução? Sinceramente, não sou detentor de uma revelação milagrosa que possa resolver esta situação que tanto preocupa os estudantes. Todavia, creio que, se o peso destes Exames não fosse tão elevado, o nervosismo que os acompanha seria menor, levando à realização de melhores provas.

Concluindo, odeio-vos muito, Exames. De vós depende o meu futuro académico e, consequentemente, profissional. Ámen.

PS – Esqueci-me de apresentar exemplos na composição do III Grupo do Exame de Português. Portanto, aqui vão eles: “(…) Exemplo disto é uma escapatória até ao Hawaii. (…) Uma viagem até à Índia representa na perfeição uma viagem com este objectivo (…)”.

PPS - Questão pertinente que já me foi feita: "Porque é que há jovens a sorrir no site do GAVE?". Façam o favor de, se conseguirem, me elucidarem quanto a isto. Obrigado.

(esta minha crónica está disponível no blog do PÚBLICO http://blogs.publico.pt/notafinal)

Don't Stop Believing

I want to take the midnight train going anywhere @

Um dia... 4

Um dia, páro o tempo por ti, por nós...
...porque há momentos que deviam ser eternos.
Nesse dia, o 'para sempre' fará sentido.

Jardim Japonês


A neve acomodava-se debaixo dos teus pés como suaves e brancas penas de ganso e eles, envoltos em igualmente claras meias de seda, iam deixando as suas marcas no chão gelado.

Apesar da extraordinária beleza do comprido jardim japonês, tu não tiravas os teus olhos dos meus, verdes e carregados. A sua cor gritava pelas árvores cobertas de neve fofa e pela erva amolecida e fresca que pisavas, mas que não se via. Tudo era claro. Tudo era frio.

O teu oriental vestido largo e puro como a paisagem caía pelo teu formoso corpo... tu deverias estar gelada, se as circunstâncias fossem outras. No entanto, agora, a tua raiva aquecia-te de dentro para fora e fazia os teus olhos faíscar de fúria na minha direcção.

Esperava-te sentado no chão, junto de um frágil biombo. A minha presença era realçada pelo blusão de cabedal preto e calças de ganga escuras e a minha sombria figura atraía o teu olhar e a tua esbelta figura como um buraco negro, vazio, no meio do branco avassalador.

Começaste a correr, parando apenas a uns metros de mim. Altiva, com a mão na katana embainhada, aguardavas uma reacção minha.

Só se ouvia o relaxante som da água fria escorrendo pela fonte de bambu que em nada atenuava a tensão do momento.


To be continued...

(Tributo ao grande Tarantino)

Malmequer para a Mifinhas

Para a Mifinhas:

"A vida podia ser apenas estar sentado na erva, segurar um malmequer e não lhe arrancar as pétalas, por serem já sabidas as respostas, ou por serem estas de tão pouca importância, que descobri- -las não valeria a vida de uma flor."

in Memorial do Convento

Once upon a time

Tinhas-me dito que todas as verdadeiras histórias encantadas começavam com 'Era uma vez'.
Não posso argumentar. Na nossa não houve 'era', nem 'vez'... e não sei se chegou sequer a existir 'uma'... Nunca foi uma história de encantar, portanto.
"Como terminam, então, os maravilhosos contos de encantar?", perguntei.
"Com 'e viveram felizes para sempre...'!", respondeste com a tua voz de entendida.
"E as histórias normais?"
...
As histórias normais sei, agora, que acabam com um ponto final.

Cansaço

Não sei se repararam, mas o Another Soul @ tem andado um bocado parado...

Pois. É época de exames. E eu ando um bocadinho atarefado. Inho inho.

Ando a rever português, basicamente. Deixo matemática para depois.

Enfim, deixo-vos com uns versos de Álvaro de Campos (pertinente, não?):

"O que há em mim é sobretudo cansaço -
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço."

Russel Squirrels


Selene passeava-se serenamente pelos rugosos caminhos de terra rodeados de rosas. Distraída, dominava o mundo sem disso ter conhecimento. O vento veloz da vespertina hora despenteava-lhe os volupstosos cabelos e dava à graciosa dama londrina uma aura misteriosa e mística.

Quando Selene passava, os atarefados esquilos desviavam as cabeças, esticando as caudas, e as flores leves das cerejeiras caiam a seus pés, suavizando o passeio. Molhava sempre as finas e delicadas mãos na fresca água da fonte e deixava que a água escorresse pelos dedos e pingasse cristalina para o chão.

Esta rotina noturna era sobejamente apreciada pelos que frequentavam o Russel Square Park. Era comentado, nas redondezas, que os jovens se deslocavam de propósito a este local para contemplar a despreocupada passagem de Selene.


(fotos tiradas por mim)

MOVE-TE (AP)

A apresentação correu super bem!

Penso que conseguimos explicar bem o nosso projecto e o que temos andado a fazer e penso, também, que conseguimos transmitir uma poderosa mensagem.

Estou extremamente feliz, portanto!

Este foi mesmo um projecto que me deu muito prazer a organizar!

Agradeço a todos os que acreditaram e contribuiram!

@ The RP em nome de MOVET

MOVET - Amanhã

E amanhã é a minha apresentação final de Área de Projecto :X

1 mês @ (e dia da criança)

Hoje é o dia da criança, mas é, também, o dia em que criei esta página, há já um mês atrás.


Assim, vou fazer uma retrospectiva semelhante à que fiz quando este blog tinha apenas uma semana...


Um mês depois da criação do Another Soul @,
o blog apresenta 55 posts, 51 seguidores e cerca de 1500 visitas.
São valores bastante positivos e que superaram TODAS as minhas expectativas!
Apesar do mês de Maio ter sido um dos que mais me pôs à prova, em mais do que um aspecto, tentei sempre actualizar o blog com a frequência que me era possível. Fico, claramente, surpreendido com estes resultados.
De novo, agradeço aos meus seguidores e leitores:
Os vossos comentários, críticas e interpretações são sempre recebidos com grande entusiasmo.
Queria agradecer, também, a (insert 'lista enorme de nomes' here).



Obrigado


PS: Eu tinha pensado em criar um presente para oferecer, nesta data tão especial (wee!), aos blogs (crianças ou não) que me têm suscitado interesse. No entanto, a escola não me tem dado descanso. De qualquer forma, ficam já avisados: um presentinho surgirá a partir do Another Soul @... um dia destes.



The RP

 

Welcome @

I welcome you to Another Soul (out in the open), a new project that has the purpose of showing a side of of me you didn't know. Another Soul @ has a new style, a new look - a whole new environment. Hope you like it!

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