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Procurei e Encontrei-te


Treme a luz frouxa de um candeeiro num canto, eficaz chamariz de melgas curiosas, enquanto o quarto é remexido. Há variados papeis espalhados no vasto tampo da sua secretária (contas, notas de bancos, citações, rabiscos e desenhos), as malas de viagem encontram-se eternamente feitas e desfeitas, como se estivesse sempre preparado para partir ou como se não gostasse de assentar. O seu cinzeiro serve de repouso a um punhado de cinzas sem significado e o maço de cigarros encontra-se perdido. Ainda assim, há fumo no ar; um fumo doce de mel emanado pelo incenso prestes a desfazer-se. A inspiração tinha arrefecido, como não teve o chá hipótese de o fazer. Bebido de um trago e aquecendo-o por dentro, deu-lhe motivação para procurar em todas as gavetas todos os pequenos elementos que lhe faltavam. Na televisão que acompanhava a desarrumação, falava-se de pintura, sendo mostradas algumas galerias de renome. Durante o comentário simplista à Tate Modern feito por uma londrina ruiva, começou a vibrar o telemóvel que se encontrava soterrado num monte de livros no chão. Ignorando a chamada, dirigiu-se à cómoda e abriu a gaveta dos cachecóis.

Agora não te quero perder.

427. Pavements

"E se acaso falares com alguém longíquo, e se, hoje nuvem de possível, amanhã caíres, chuva de real sobre a terra, não te esqueças nunca da tua divindade original de um sonho meu. Sê sempre na vida aquilo que possa ser o sonho de um isolado e nunca o abrigo de um amoroso. Faze o teu dever de mera taça. Cumpre o teu mister de ânfora inútil. Ninguém diga de ti o que a alma do rio pode dizer das margens, que existem para o limitar. Antes não correr na vida, antes secar que sonhar.
Que o teu génio seja o ser supérfluo, e a tua vida a arte de olhares para ela. Não sejas nunca mais nada.
Hoje és apenas o perfil criado deste livro, uma hora carnalizada e separada das outras horas. Se eu tivesse a certeza de que o eras, ergueria uma religião sobre o sonho de amar-te.
És o que falta a tudo. És o que a cada coisa falta para a podermos amar para sempre. Chave perdida das portas do Templo, c
aminho encoberto do Palácio, Ilha longíqua que a bruma nunca deixa ver..."
Bernardo Soares

não ser mais a divindade original de um sonho teu,
limitar-te como se de uma margem me tratasse,
não ser certezas nem futuro...
it's killing me

'and should I give up
or should I just keep chasing pavements
even if it leads nowhere?'

Kraken hates his spot

Isto são rabiscos perdidos num mar de tormentos em que não tenho permitido que ninguém navegue. Não acho seguro. Nem para mim. E eu sou o seu Kraken. Eu é que causo as ondas e os naufrágios.

Hum, este Kraken está mesmo furiosozinho.


This house is a house, not a home. This city is a city, not a lifestyle.

Dizer que a universidade me tem mudado é simples constatação de factos. Dizer que tem sido sempre para melhor é simples estupidez. Não pode ser tudo perfeito. Nem sempre me posso orgulhar do que tenho sentido ou de como me tenho sentido. Transição. Something inside of me died. A parte ligada a ti. Não me identifico mais e não me quero voltar a identificar. Revoltado? Agora sim. Por agora? Espero que não. "Sonho e futuro"? Talvez. Mas não para mim. Recuso-me a acreditar que futuro para mim será aqui. E acho de uma mediocridade extrema sonhar com isto.

RP do futuro, quero que te lembres, se um dia leres isto, que houve um momento da tua vida em que não quiseste isto. Em que ansiavas por mais. Por melhor. Se estiveres na mesma situação em que estavas... em que estou agora, serás deserdado. For real! Deserdo-te.

Hoje passei horas no Starbucks só porque não queria voltar para ti. Pensa nisso. Fucking cidade. --'
 

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I welcome you to Another Soul (out in the open), a new project that has the purpose of showing a side of of me you didn't know. Another Soul @ has a new style, a new look - a whole new environment. Hope you like it!

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