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Australia for 2 (IV) - Descida para a Mina


O Jeep Wrangler descia para o subsolo a uma velocidade vertiginosa e eu não me sentia bem ao manobrá-lo pela espiral descendente de estrada de terra batida que iria até às profundezas da mina; a sensação de perigo iminente apertava-me o coração. Tinha reparado, pouco depois de termos abandonado o hotel, que os ameaçadores australianos vinham atrás de nós em carros europeus topo de gama - nunca os poderíamos despistar no nosso jipe de safaris, por isso, teríamos de nos esconder...

A velocidade dos negros Mercedes era inacreditável: moviam-se como se estivessem a ser açoitados pelo próprio diabo e deixavam uma enorme e disforme nuvem de poeira alaranjada por onde passavam. Dirigiam-se connosco para o interior da terra rica do deserto de Victoria. Quando achavam que estavam suficientemente perto de nós, disparavam alguns tiros rápidos através da nuvem de pó, fazendo com que ecos mortíferos ressoassem nas paredes daquele buraco no solo.

Tu ias enterrada no assento de pele, de olhos fechados e agarrada ao peito, com as mãos a envolver o coração do fio de ouro branco, tão puro, em contraste com este ouro de corrupção e sangue. Eu, por outro lado, tinha os olhos demasiado abertos, numa expressão que misturava dor, concentração e horror - eu não estava em mim. O ponteiro vermelho do velocímetro tremia nervosamente nos 220 quilómetros, como se soubesse que este era um valor facilmente ultrapassável pelos automóveis de luxo (se estes não estivessem preocupados com a possibilidade de cair para o precipício mineiro).

Depois de algum tempo, que nos pareceu interminável, foi possível ver o fim do abismo e a porta de entrada para a mina. Saltámos, então, com o jipe em andamento, com esperança que o facto do carro continuar a andar e que a nuvem de poeira nos encobrissem a fuga. Rebolámos nas pedras aguçadas e na terra suja, o que nos feriu. No entanto, a nossa vontade de sobreviver fez-nos ignorar os cortes e arranhões.

Depois, tudo se desenrolou demasiado depressa: o nosso Wrangler emitiu um rugido metálico de sofrimento ao embater com a parede de rocha, os Mercedes travaram subitamente e houve um momento de confusão no interior daquela massa de pó que rodopiava, o qual nós estávamos a aproveitar para nos aproximarmos da porta... mas foi então que tossiste devido à poeira. De seguida, tiros, ecos, gritos e dor.

16 pessoas comentaram:

njsdgohp disse...

ai que meeeedo
esta historia assusta-me
quero maaais *-*

Dupé disse...

Bem, o fim desta parte é inacreditável. Tenho de salientar mais uma vez que a descrição premonorizada nesta história é fundamental e tu utiliza-a!!!! Em relação às personagens, os "Homens de Negro" não tinham medo de "estragar" a mina só por acaso??

magamgmagmamg disse...

ai que meedoo
eles nao os podem apanhar o.O
esta historia assusta-me
quero maaaais *-*

early bird disse...

ouch! estou indignada. porque é que tinha de ser logo a rapariga a estragar tudo? :C e bem, ao mesmo tempo estou espantada: "moviam-se como se estivessem a ser açoitados pelo próprio diabo", meu deus, superaste-te!

eu digo-te, ficas já avisado antes de escreveres a próxima parte (esta é a coisa gira de escrever as histórias a prestações e saber as opiniões dos leitores antes do fim): se um deles morrer, eu páro de ler :C

e se escrevesses a tua história em 3D seria mais giro, porque qnd entrávamos no teu blog tínhamos de nos desviar de balas. pensa nisso :p

Riga/V-1-Boy disse...

bem como sabes eu so agora comecei a seguir o teu blog portanto nao sei de onde surgiu a ideia desta historia.lol

mas pelo que vi esta muito interssante

amarela disse...

visito o teu blog com todo o gosto ate vou seguir $:
se quiseres segue-me

Palavras ao sabor do vento disse...

Adorei o blog, estou a seguir :b
Parabens :)

Jeferson Cardoso disse...

E de qual dos aventureiros teria sido a dor? The RP, estou aqui a continuar o acompanhamento desta saga aventureira. Está sendo muito legal ter acesso ao trabalho que vai sendo feito. Já fiz algumas sequências e inclusive trabalho em uma "O Diário de Bronson" que está aguardando a continuidade. Gosto das sequência. Sei o quanto é prazeroso este trabalho mais longo do que a postagem individual. Parabéns, meu bom amigo, e continue produzindo.

Abraço do Jefhcardoso desde o Brasil!

Teonanizi disse...

Nada a opor!

;)

Cátia disse...

Mais, mais! :P

Adriana A. disse...

Deixei-te um selinho no meu blog :)

Grande aventura :O

Maionese disse...

aguardo, impacientemente, a 3ª parte!
bem haja!
novo post em

http://forcanamaionese.blogspot.com

Adriana A. disse...

Muito boa sorte para o teu exame... :P So para te fazer um bocadinho de inveja, acabei os meus ontem :D ja esta! Ferias :P

Unknown disse...

Boa escrita . Raciocínio claro e agradável de seguir.
Vou acompanhar.te nestas corridas onda a imaginação é mãe e rainha.

Anónimo disse...

Gosto mesmo da maneira como escreves, da descrição pormenorizada que fazes dos sentimentos que te envolvem durante a acção (:

Maionese disse...

rapaz, tá tudo?
olha, isto acho que te vai interessar, é uma editora on-line, vai lá ver que é capaz de ser bom para ti :)
http://www.bubok.pt/

entretanto, novo post em

http://forcanamaionese.blogspot.com

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